
Competitividade é uma das expressões mais comentadas atualmente em gestão de empresas. Para ser competitivo é fundamental, primeiramente, possuir um sistema de informações internas e externas capaz de dar suporte às decisões de curto, médio e longo prazos. Este é o primeiro passo para a inteligência Competitiva em uma empresa.
O desenvolvimento da inteligência competitiva nos negócios demonstra um alto grau de influência no desempenho de empresas de sucesso, orientando a visão de longo prazo, os planejamentos, as metas e os controles.
A inteligência competitiva utiliza as informações do mercado de forma estratégica, cruzando cenários econômico-sociais com informações sobre a atuação dos concorrentes, o comportamento dos clientes, as ações dos fornecedores e outros stakeholders.
Os movimentos econômicos e sociais são analisados e acompanhados constantemente, proporcionando a compreensão das tendências a fim de antecipar-se às crises, corrigir o rumo, identificar oportunidades, enfim, identificar direções e movimentar o leme do negócio para o lado certo.
Neste contexto, a empresa utiliza pesquisas de mercado e de opinião de clientes periódicas para acompanhar o comportamento e preferências, tanto dos seus consumidores como dos consumidores potenciais, gerando estratégias de conquista mais consistentes e efetivas. As pesquisas são utilizadas também para obter informações sobre os concorrentes, que são registradas sistematicamente para gerar análises comportamentais. Enfim, todas as informações do ambiente externo são cruzadas a fim de elaborar cenários consistentes e identificar oportunidades e ameaças aos negócios.
Outro ponto relevante são as informações internas: os relatórios e controles devem ser confiáveis e atualizados, proporcionando análises dinâmicas e projeções periódicas. É comum encontrarmos relatórios pouco consistentes e gestores que avaliam apenas os resultados obtidos ao término do período em análise, o que pode ser evitado com os indicadores de tendência e procedimentos de controle.
As pesquisas de cunho organizacional são utilizadas como forma de obter informações relevantes sobre os colaboradores em relação à empresa, às lideranças, à estrutura, os métodos de trabalho e outros fatores. Com elas, é possível se antecipar a possíveis problemas de motivação ou detectar melhorias de processos, por exemplo. Os colaboradores são vistos como capital intelectual, e como tal deve produzir resultados através da criação de novos processos, melhorias, inovações, lançamentos etc.
É fundamental destacar que é preciso então desenvolver a mentalidade estratégica e não apenas operacional, ou seja, olhar a empresa como um todo e no longo prazo e não apenas as questões do dia a dia, saindo de um comportamento reativo e utilizando a proatividade para antecipar-se aos movimentos do mercado, a fim de tomar decisões mais confiáveis e implementar estratégias mais assertivas.
A empresa passa a ser um organismo consciente, uma máquina trabalhando com sinergia e sincronia para desempenhar bem a sua missão no mercado e alcançar os objetivos organizacionais. Negócios que utilizam a inteligência competitiva são mais sustentáveis, aprendem mais, se diferenciam diante da concorrência e conquistam mais clientes.
Termino este artigo com uma frase de Willian Shakespeare bem apropriada: “Se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve”. E continuo: (…) mas se você sabe, analise sempre os instrumentos.